quarta-feira, 8 de maio de 2013

"Mas, na verdade, era só solidão"

Hoje, depois de muito tempo, volto a escrever no meu blog, que foi deixado de lado por falta de criatividade, não ter um publico pra ler e por eu ter uma vida muito monótona.
Volto a escrever hoje, não por ter uma atividade aguçada, ter um publico ou uma vida badalada. Volto a escrever hoje para que eu possa ver o que se passou na minha vida no meu tempo de graduação, irei escrever aqui como se fosse um "diário de bordo" de uma longa viagem, que é minha graduação, que será lido por mim depois de formado, casado (ou não) e com uma vida estabilizada, para que eu possa ler e sorrir das coisas que escreverei aqui.
Dia 24 de novembro de 2012 realizo enfim meu sonho de partir de casa, sair do interior e morar na capital, acho que é o que todo adolescente interiorano quer na minha idade. Liberdade, festas, novos amigos e oportunidade de traçar uma vida totalmente diferente da que tinha no interior, mas isso não foi muito bem o que ocorreu na minha vida.
Sempre achei que morar fora de casa fosse fácil, minha liberdade era o que eu mais queria, o "poder" de sair de casa a qualquer hora que fosse, chegar em casa a hora que fosse, na situação alcoólica que estivesse, ter a maior ressaca da vida sem uma mãe pra perturbar, era simplesmente isso que eu queria.
O tempo foi passando e percebi que essa liberdade eu tinha alcançado, mas no meu momento de solidão me vi a pensar, era liberdade ou era solidão? Foi quando me veio a mente a música dos Engenheiros do Hawaii - "O preço", uma banda que outrora um amigo antigo tinha me apresentado e virado um vicio, que naquele momento descreveu minha vida com o seguinte trecho:


"Pensei que era liberdade
Mas, na verdade, era só solidão".


Não sou a pessoa mais sentimental do mundo, pra falar a verdade, faz muito tempo que não choro, mas quando comecei a ouvir essa música meus olhos se encheram de lágrimas e a saudade de casa bateu! E que saudade! Saudade principalmente da minha mãe, de como ela fazia tudo por mim, das idas ao centro na cidade nas tardes de terças mesmo sem ter nada pra fazer, enfim, dessa amizade que eu mantinha com a mesma. Me vi perdido, e por saber que ela estava há cerca de 400 km de distância foi pior ainda. Nunca consegui contar meus sentimentos para alguém, seja os meus problemas familiares, meus amores platônicos, ou neste caso, a solidão que eu estava passando. Acho que ninguém nunca percebeu quando eu estou no fundo do poço, sempre tento me manter sorrindo e me comunicando ao máximo para que ninguém perceba, e esse meu "fechamento" fez com que esse momento de solidão durasse ainda mais e piorasse. Não que eu ache isso ótimo, mas sem querer não consigo me abrir pra ninguém. (Irei trabalhar isso futuramente).

Então, me despeço desse post, mas com a esperança de continuar escrevendo para relembrar esses dramas futuramente, deixarei aqui o vídeo da música do Engenheiros:




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